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    A memória sobre o pioneiro: como os nomes das ruas e prédios públicos legitimam o discurso do pioneirismo

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    O presente texto analisa os nomes de ruas e prédios públicos da cidade de Nova Londrina, localizada no extremo noroeste do Paraná. Nosso objetivo é observar como a escolha deliberada de alguns nomes em detrimento de outros colabora na construção de uma memória local acerca do pioneirismo e dos melhores políticos locais. Nossa hipótese é que nesta escolha há um poder simbólico envolvido na manutenção da prática patrimonialista, muito comum nas pequenas cidades interioranas

    A arte pública e a materialização das memórias históricas na cidade de Maringá

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    A paisagem urbana e as manifestações artisticas inseridas nas áreas públicas oferecem ao pesquisador elementos capazes de suscitar a reflexão acerca das representações das memórias históricas e sobre as identidades forjadas no espaço citadino. Nesse sentido o presente artigo visa a analisar os referenciais identitários materializados nos espaços públicos de Maringái (PR), privilegiando algumas das produções artisticas instaladas em vias públicas e praças da cidade

    O nome da rua, da avenida e da praça : a mudança de denominação dos logradouros do Centro de Fortaleza (1810 – 1933)

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    Os logradouros fazem parte da morfologia urbana e são elementos fundamentais para o fluxo intenso, sobretudo nas metrópoles e grandes cidades. Fortaleza se insere neste contexto a partir do bairro Centro e seu conjunto de logradouros refletindo a Geografia e a História da capital que passou por profundas transformações que podem ser observadas até hoje tanto pelo seu traçado quanto pelos nomes de ruas, avenidas, becos, travessas e praças. Partindo de 1810 quando houve o primeiro levantamento de ruas até a década de 1930 muitas foram as transformações que os logradouros passaram tanto em sua forma física (padronização) quanto em sua parte simbólica (antigas denominações que expressavam hábitos e costumes de uma época) resultando numa miscelânea toponímica. O estudo do espaço urbano e como ele foi modificado, juntamente com a toponímia, enfatizou alguns processos que fizeram da vila de Fortaleza a grande metrópole ainda no século XX e estes vestígios estão presentes nas nomenclaturas que ainda permanecem. A partir de leis, códigos de posturas, atas da câmara municipal, crônicas e livros de memorialistas, dentre outros foi possível reaver nomes que foram substituídos e, aliado a um método de regressão e progressão, viabilizou-se a criação de quadros a partir de materiais cartográficos auxiliando na compreensão dessas alterações até os dias de hoje. Os nomes dos logradouros são o reflexo de todos os processos que estão aliados aos âmbitos da política, da economia, da geografia, da história, da memória, do social e cultural.The street addresses are part of the urban morphology and are fundamental elements for the intense flow, especially in the metropolises and large cities. Fortaleza is inserted in this context from the Centro district and its set of public places reflecting the geography and history of the capital, which has undergone profound transformations that can be observed until today both in its layout and in the names of streets, avenues, alleys, lanes and squares. Starting in 1810 when there was the first street survey until the 1930s, there were many transformations that the street addresses went through both in their physical form (standardization) and in their symbolic part (old denominations that expressed habits and customs of an era) resulting in a toponymic hodgepodge. The study of urban space and how it was modified, together with Toponymy, emphasized some processes that made the city of Fortaleza a great metropolis even in the 20th century and these traces are present in the nomenclatures that still remain. Based on laws, posture codes, minutes of the city council, chronicles and memorialist books, among others, it was possible to recover names that were replaced and, allied to a regression and progression method, it was possible to create tables from cartographic materials helping to understand these changes until today. The street names are a reflection of all the processes that are allied to the spheres of politics, economics, geography, history, memory, social and cultural

    Toponímia oficial e toponímia espontânea nos nomes de escola de Missal- PR

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    Language allows man to order and mean the world around him and by using it we can name reality and attribute meaning to our experience. Besides that, language is used in each community to represent the local reality. Thus, people name the elements in order to represent what they experience, printing, in the names, indications of their stories, cultures and social facts. This work aims to present partial results of scientific initiation research which seeks to discuss and analyze how schools are named in the municipality of Missal-PR, this study is unprecedented in the onomastic area. This article seeks to examine official and spontaneous toponyms attributed to the schools of the municipality under study. The  corpus of this work was formed by names of nine schools, the municipality has, in all, fifteen schools. One of the schools whose name had been analyzed in this article is located in the center of the city because it was designed to be close to the church. Eight schools are located in the interior of the municipality, two in districts and the others in villages and communities. We use documentary investigation to achieve the proposed objective, namely:  to know the toponymic motivations of the names of schools, taking into account the historical, cultural and ideological influences that influenced the choice of these names. As theoretical support we used the toponymic contributions of Dick (1992) and Bastiani (2016).  Key words: Official Toponimy; Spontaneous Toponymy; Schools, schools.  A linguagem permite ao homem ordenar e significar o mundo a sua volta, a partir dela podemos nomear a realidade e atribuir significado àquilo que vivenciamos. A linguagem é utilizada em cada comunidade de maneira a representar a realidade local. Dessa forma, as organizações sociais nomeiam os elementos a fim de representar aquilo que vivenciam, imprimindo, nos nomes, indícios de suas histórias, culturas e fatos sociais. Este trabalho tem como objetivo apresentar resultados parciais da pesquisa de iniciação cientifica a qual procura discutir e analisar processos de nomeação das escolas do município de Missal-PR, este estudo é inédito na área onomástica. Neste artigo busca-se examinar topônimos oficiais e espontâneos atribuídos as escolas do município em estudo. O corpus deste trabalho foi formado por nomes de nove escolas, o município tem, ao todo, quinze escolas. Uma das escolas cujos nomes se analisam neste artigo está localizada no centro da cidade, sendo projetada para estar próxima a igreja, e as outras oito escolas estão localizadas no interior do município, duas em distritos e as outras em vilas e comunidades. Utilizou-se de uma investigação documental para alcançar o objetivo proposto a saber conhecer as motivações toponímicas dos nomes das escolas, levando em consideração as influências históricas, culturais e ideológicas que influenciaram na escolha desses nomes, como suporte teórico valeu-se das contribuições toponímicas de Dick (1992) e Bastiani (2016). Palavras chaves: Toponímia oficial; Toponímia Espontânea; Escolas.

    As linhas projetuais paisagísticas e a percepção dos usuários das praças de Curitiba-PR

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    Resumo: As linhas projetuais paisagísticas brasileiras possuem características distintas, com elementos de composição típicos, que podem revelar os costumes e o passar do tempo de uma sociedade. Como os elementos paisagísticos que compõem as praças podem ser capazes de formar um retrato do local onde estão inseridos, esta pesquisa considerou a hipótese de que as praças de Curitiba refletem a história e a cultura da cidade e de seus cidadãos, e representam as linhas projetuais paisagísticas brasileiras de sua época de criação. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar as linhas projetuais paisagísticas e conhecer a percepção dos usuários das praças de Curitiba. Para isso, buscou-se classificar as praças nas linhas projetuais paisagísticas eclética, moderna e contemporânea, de acordo com sua data de criação, e espacializá-las na cidade. Após a realização de uma amostragem, foram analisadas as seguintes variáveis: área total e impermeável, inserção na malha urbana, toponímia, mobiliário e equipamentos, vegetação usada no paisagismo, e percepção dos usuários. Os resultados mostram que 9,6% das praças de Curitiba foram criadas durante a época eclética, 43,3% durante a época moderna, e 47,1% durante a época contemporânea. Das praças que compõem a amostra, 25% possuem área inferior ao decreto 427/83 que institui a praça como uma área verde com metragem superior a 2.500 m². Em média, 74% da área das praças ecléticas são impermeabilizadas, contra 22,8% das contemporâneas, resultado que seguiu as características típicas de cada linha. Em geral, foi encontrada grande variação na forma como as praças estão inseridas na malha urbana e na toponímia, ressaltando-se que todas as praças ecléticas amostradas são retangulares e antrotoponímicas. Dos mobiliários e equipamentos encontrados nas praças, os principais são iluminação, bancos e lixeiras, aparecendo na maioria das praças. Os monumentos, estátuas e chafarizes, elementos típicos da linha eclética, aparecem com maior frequência nas praças criadas durante o domínio do ecletismo, enquanto parquinhos, academias e quadras para prática esportiva, elementos típicos da linha contemporânea, aparecem em maior número nas praças criadas durante a época de dominância da linha contemporânea. Quanto à vegetação, 76,5% dos indivíduos nas praças contemporâneas é exótico, e 69,5% das ecléticas é nativo, resultado contrário às características típicas destas linhas. A maioria dos usuários das praças as usa diariamente, e possui maior conhecimento sobre as praças ecléticas. As árvores foram citadas como o elemento que mais chama atenção nas praças por 40% dos usuários, independente da época de criação. Foram citados diversos benefícios que a vegetação presente nas praças proporciona para a cidade e a população, como a atenuação da poluição, o conforto térmico, a beleza cênica e o bem-estar. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que as praças de Curitiba possuem características distintas de acordo com a época em que foram criadas, e que seus elementos de composição, em grande parte, representam as linhas projetuais paisagísticas brasileiras dominantes em sua época de criação. Palavras-chave: Áreas verdes. Paisagismo. Elementos de composição. Mobiliário e equipamentos

    PATRIMÔNIO, ESPAÇO E MEMÓRIA EM CIDADES NOVAS – O NORTE DO ESTADO DO PARANÁ

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    O artigo tem como objetivo fazer uma análise sobre o processo de patrimonialização, estudando este no norte do estado do Paraná. Verificou-se que apenas sete cidades nesta região possuem bens tombados: Londrina, Maringá, Ibiporã, Joaquim Távora, Santo Antônio da Platina, Ribeirão Claro e Jacarezinho. A fim de verificar quais elementos significativos doponto de vista histórico e cultural existentes nestas cidades diferenciam-nas das demais, buscou-se analisar o critério utilizado na escolha destes bens. A compreensão da dinâmica das cidades pelos aspectos culturais remete à concepção do espaço como acúmulo de tempos desiguais, no qual objetos novos e antigos interagem e também são reflexo da cultura de determinada época. O conceito de patrimônio cultural ainda é muito atrelado aos aspectos monumentais e excepcionais da arquitetura, ou seja, às construções antigas, às rugosidades que permanecem na paisagem contemporânea. Em virtude da dinâmica socioespacial, a adoção de novos parâmetros para a escolha do que é representativo para a população nos seus aspectos históricos e culturais deve ser levada em consideração, visto que muitos elementos recentes também têm essa função

    PRAÇA ERNESTO TOCHETTO: IMPORTÂNCIA DA SUA PRESERVAÇÃO HISTÓRICA E ASPECTOS DE SUA ARBORIZAÇÃO

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    A imagem da cidade não se traduz apenas nas vias, prédios e serviços, ela se diferencia por todo o repertório de sua memória. Assim, a integração das praças na malha urbana e sua apropriação pela comunidade são reflexos do grau de visibilidade imposto pelo entorno diretamente à praça e vice-versa, o qual é conseqüência direta das estruturas vegetais empregadas. Este trabalho, portanto, tem por objetivo fazer uma análise da Praça Ernesto Tochetto, em Passo Fundo/RS, originada em meados de 1963, em homenagem ao emérito educador Ernesto Tochetto, conta com sua imagem preservada até hoje na representação da sua sala de aula. A Praça Tochetto, com uma posição privilegiada se constitui em um espaço público multifuncional de grande importância no contexto urbano local. Os resultados do estudo apontam por melhoramento dos bancos, aumento de árvores com flores, iluminação e passeios, e conclui que a praça procura resgatar a memória de seus antepassados com suas características originais, mas esbarra no desinteresse dos usuários quanto a sua história. Por evocar o ambiente natural, a praça requer um tratamento paisagístico especial, para se tornar ainda mais um espaço agradável para contemplação, leitura, conversas com os amigos ou simplesmente o descanso

    Uma cidade em silêncio: as memórias das Sete Quedas em Guaíra

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    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial para a obtenção de título de licenciado em História - Licenciatura.Esta pesquisa visa analisar como a cidade de Guaíra enfrentou o silêncio, a ausência e o sentimento de perda do seu patrimônio natural, especificamente as Sete Quedas, após a inundação do Parque Nacional Sete Quedas devido à construção do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu em 1982. Pretendo também explorar a resistência da comunidade e o movimento Quarup contra o alagamento das Sete Quedas. A análise se concentra na transformação de Guaíra antes e depois do alagamento, e na importância das Sete Quedas como atração turística para a cidade. Mesmo após o alagamento em nome do progresso, as memórias desse patrimônio natural ainda persistem na cidade. Atualmente, resquícios desse patrimônio natural são preservados por meio de instituições como o Museu Sete Quedas e o Cine Teatro Sete Quedas, assim como por vários outros estabelecimentos que adotaram o nome Sete Quedas. Gondar e Dodebei (2005) argumentam que as pessoas preservam o que amam e amam o que conhecem, enfatizando que a memória é um conjunto de representações. Essas escolhas demonstram a estratégia adotada pelos habitantes de Guaíra para lidar com a perda, mantendo viva a herança histórica e conservando as memórias da comunidade

    Ruídos na Cidade Pichações na Cidade de Londrina - aproximações...

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    This inquiry is a reflection on the graffiti, understanding it as one social practice that allows the citizens attribute new senses for the urban spaces. The graffiters, when leaving yours signatures - 'tags' - in the walls of the city, transforms the public space into private space, for after, transforms them into public, now modified. We made an analysis of marks left for two groups of graffiters in the center of the city of Londrina, Brazil. We observe that these marks interact with each other, establishing a net of senses. The city is transformed into a support where the people (in groups or individually) exercise the construction of yours identities through the establishment of the differences (within the dispute between groups and/or individual for the public) or in the overcoming of disputes ('by adding to the existing graffitis'). The graffiters, when inscribing yours 'tags' in the urban universe, modifies the identity of the city, reconfiguring its landscape

    A força da cultura histórica: representações de estudantes brasileiros sobre heróis nacionais

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    A história escolar, ao longo das últimas décadas, tem sido palco de profundas controvérsias quanto ao seu lugar nos sistemas educativos e ao seu papel na formação da consciência histórica dos jovens. No marco das culturas globalizadas, visualiza-se um crescente fascínio pelo passado e, paradoxalmente, coloca-se em questão se (e o que), de fato, podemos aprender com a História. O artigo ora apresentado resulta de um projeto internacional e interinstitucional intitulado Jovens e a História no Mercosul, tomando dados sobre a cultura histórica de estudantes secundaristas brasileiros, ao analisar os personagens da história que habitam suas representações sociais. Trata-se de buscar compreender as interpretações que os sujeitos fazem do passado, considerando as representações sociais como lugar de confluência entre a cultura, as práticas sociais, a memória coletiva e as suas identidades sociais. Os estudantes indicaram os três principais heróis nacionais em sua opinião, por ordem de importância, e os dados foram tratados pelo software Evoc 2000, com base no conceito de núcleo central da Teoria das Representações Sociais
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